Fantasmas de corpos inertes
Letárgicos e estáticos
Na profunda escuridão
Na profunda penumbra
Navegando até a mais nítida das trevas
Drenado de seu existir
Dor, sofrimento e lágrimas são o acalento da alma
Olhos por todos os lados
Observam e seguem
A todos os cantos
Condenando é julgando
Vigiando e sabendo
De tudo que é feito e desfeito
A queda é cada vez mais rápida
Uma queda mais e mais profunda
Num mar de culpa e ódio
Num mar de lamentações e remorsos
Nada onde segurar
Nada em que se apegar
Somente seu próprio ser é sentido
Sentido como um vazio
Somente seu próprio ser é palpável
Palpável como um pensamento
Os toques dos ventos ácidos
Trespassam sua alma
Os toques das gotas cortantes
Percorrem sua mente
Uma fuga, sem direção
Um escape, sem sentido
Esvair da alma que está ausente
Drenagem da vida que não está presente
Não há mais noite
Não há mais dia
Não há começo
Não há fim
Tempo imóvel
Lowcypher Augur
2014-11-26 22:11h