XXI - Susurros Mnemônicos


Nos pensamentos mais profundos

Nas visões mais distantes

Nas memórias mais vívidas

Eu me encontro em desencontros e perdido


A profundidade dos sons e das imagens

Em minha mente, me leva ao longínquo

Tempos e espaços distantes e pouco explorados

Onde me permito entrar e ficar


Mas que agora sei que não deveria explorar

Sussurros do passado, presente e futuro

Ao mesmo tempo, juntos sem distinção

Deslocam-me do meu tempo e do meu eu


Caminhos em que não estaria novamente

Ainda estão à minha frente, como um círculo

Um vórtice mental, um turbilhão de memórias

Sem permitir que eu possa ter

Um momento de clareza


Um instante de silêncio mental

De um vácuo na existência

Um momento de não existência

De um momento de volta à origem


De volta à fonte

De volta ao começo, que não deveria existir

O ciclo é infinito, sem ponto de início e fim


Então me pergunto: para quê tentar e para quê fazer?

E logo a resposta vem:


Para ser parte do todo, ser o todo, ser o tudo e ser o nada.


LowCypher Augur

22/05/2013 – 16:30h.