Nos pensamentos mais profundos
Nas visões mais distantes
Nas memórias mais vívidas
Eu me encontro em desencontros e perdido
A profundidade dos sons e das imagens
Em minha mente, me leva ao longínquo
Tempos e espaços distantes e pouco explorados
Onde me permito entrar e ficar
Mas que agora sei que não deveria explorar
Sussurros do passado, presente e futuro
Ao mesmo tempo, juntos sem distinção
Deslocam-me do meu tempo e do meu eu
Caminhos em que não estaria novamente
Ainda estão à minha frente, como um círculo
Um vórtice mental, um turbilhão de memórias
Sem permitir que eu possa ter
Um momento de clareza
Um instante de silêncio mental
De um vácuo na existência
Um momento de não existência
De um momento de volta à origem
De volta à fonte
De volta ao começo, que não deveria existir
O ciclo é infinito, sem ponto de início e fim
Então me pergunto: para quê tentar e para quê fazer?
E logo a resposta vem:
Para ser parte do todo, ser o todo, ser o tudo e ser o nada.
LowCypher Augur
22/05/2013 – 16:30h.